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Para especialistas, está na hora de criar a gastrogeriatria

27/11/2018

Na semana passada, mais de 7 mil especialistas latino-americanos em doenças do aparelho digestivo se reuniram em São Paulo. O assunto gastroenterologia no idoso foi tema de um curso ministrado por 20 palestrantes do qual participaram 1.400 profissionais.

 

Para o coordenador do curso, o médico Eli Kahan Foigel, que é também secretário geral da Federação Brasileira de Gastroenterologia e diretor do serviço de endoscopia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, ficou claro para todos que o envelhecimento da população demanda mudanças na abordagem e no tratamento dessas pessoas: “há pouca literatura médica a respeito do idoso e está mais do que em tempo de se criar a especialidade da gastrogeriatria, porque esse é um paciente que tem que ser tratado de modo distinto”.

 

A polifarmácia, que é a utilização de diversos remédios simultaneamente, é uma realidade para a maioria dos idosos, com efeitos colaterais significativos. O doutor Foigel acrescenta que as doenças crônicas, sejam elas cardíaca, neurológica ou renal, também trazem impacto ao aparelho digestivo, fazendo com que a consulta ao gastroenterelogista ocupe o terceiro lugar entre as mais procuradas pelos mais velhos.

 

Ele lembra que sintomas de mal-estar não podem ser ignorados: “uma azia, aquela sensação de queimação que se arrasta há meses, pode ser sinal de refluxo; uma dor de estômago pode estar associada a gastrite ou úlcera. É fundamental investigar as causas, porque, às vezes, a simples mudança da dieta alimentar de um paciente que esteja há cinco dias sem evacuar resolve o problema”.

 

O médico ensina que há quatro pilares para prevenir problemas do aparelho digestivo: “o primeiro é a saúde da boca, o que inclui cuidar dos dentes e produzir uma boa quantidade de saliva, que ajuda a combater as bactérias e garante uma boa digestão. Beber água é indispensável, porque o organismo do idoso já é naturalmente desidratado.

 

O segundo pilar é controlar as doenças crônicas. O terceiro é o e estilo de vida, que inclui uma alimentação saudável e fazer exercícios. O quarto é estar alerta para os casos de câncer na família, que devem levar a pessoa a submeter a exames precocemente”. Este blog, inclusive, publicou coluna sobre os cuidados com a boca na semana passada.

 

Um dos exames preventivos é a colonoscopia, que avalia a mucosa do intestino grosso e do reto, com o objetivo de detectar a presença de pólipos – que devem ser retirados devido ao risco de se tornarem um câncer. O doutor Foigel afirma que o recomendável é realizar a avaliação a partir dos 45 anos, ou antes caso haja histórico familiar da doença: “trata-se de um câncer que, na maioria dos casos, é curável se detectado precocemente”.

 

De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer), estimam-se 17.380 casos novos de câncer de cólon e reto em homens e 18.980 em mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Traduzindo esses números para o mundo real, é o segundo câncer mais comum em mulheres, e o terceiro nos homens.



Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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