A cada ano 60 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticado no Brasil, segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional de Câncer). É o câncer de maior incidência entre as mulheres e consequentemente o que mais mata, cerca de 15 mil anualmente no país.
No mês mundial do Combate ao Câncer de Mama, o Outubro Rosa, o Dr. Eduardo Fleury, radiologista especializado em câncer de mama, esclarece alguns mitos e verdades sobre essa doença que tanto atinge as brasileiras, mas que ainda provoca dúvidas e medo.
Se descoberto logo no início, as chances de cura do câncer de mama aumentam.
VERDADE. Os casos iniciais da doença têm alta chance de cura, 90%, sendo que nos estágios 0 e 1 chega perto dos 100%. Isso porque, graças ao programa de rastreamento mamográfico determinado pela Organização Mundial da Saúde, pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e pela Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama é uma das doenças mais pesquisadas no mundo. O que faz com que o conhecimento de suas origens e tratamentos seja bastante dominado pela comunidade científica.
Pancada forte na mama pode provocar a doença.
MITO. Não existe nenhuma relação entre a batida e o câncer de mama. O que acontece muitas vezes, no entanto, é que a pancada pode servir como gatilho para o diagnóstico. Caso a pessoa tenha um nódulo palpável, mas que nunca tenha percebido, ela pode notar a partir desse impacto.
Amamentar protege a mulher de desenvolver câncer de mama.
VERDADE. A amamentação protege a mama do câncer. Quanto mais cedo e mais vezes a mulher amamentar, menor será a exposição aos hormônios que estão relacionados à doença: o estrogênio e a progesterona. Por esse mesmo motivo, as gestações após os 30 anos ou até a opção de não ter filhos expõem as mulheres a esses hormônios por mais tempo, ampliando o risco de desenvolver o câncer de mama.
A mama densa dificulta o diagnóstico de câncer pela mamografia.
VERDADE. Quanto mais jovem a paciente for, maior será a quantidade de glândula mamária, ou seja, mais densa será a mama. Assim, a mamografia não será eficiente em detectar nódulo, já que ele terá densidade semelhante ao do tecido da mama. A detecção fica mais fácil a partir dos 40 anos. Vale lembrar que a maior incidência da doença, no Brasil, é em pacientes entre 60 e 70 anos. E nessa faixa etária o exame de mamografia é bastante eficiente.
Toda mulher que tem câncer de mama tem que fazer mastectomia.
MITO. Graças ao diagnóstico precoce, à melhoria das técnicas cirúrgicas e dos tratamentos oncológicos e imunoterápicos, as intervenções contra o câncer de mama são cada vez menos agressivos e com resultados estéticos melhores. Mulheres com tumores em estágio inicial, aqueles detectados no rastreamento, geralmente são submetidas a terapias conservadoras, sem necessidade de mastectomia.
Colocar silicone aumenta as chances de desenvolver a doença.
MITO. O implante de silicone não está relacionado ao desenvolvimento do câncer de mama. No entanto, ele prejudica a realização e análise da mamografia, o que pode dificultar o diagnóstico de tumores.
Câncer de mama pode provocar metástase.
VERDADE. Quando as pacientes não aderem ao programa de rastreamento, fazendo a mamografia regularmente após os 40/ 50 anos, as chances de serem detectados tumores mais avançados (palpáveis) aumenta. Nesse estágio da doença, é maior a probabilidade do tumor se espalhar pelo organismo e disseminar as células cancerosas para fora da mama. Quando há metástase óssea a chance de cura diminui significativamente, para menos de 60%. Nesses casos são utilizados tratamentos complementares como quimioterapia e imunoterapia para reduzir os danos da doença e controlar sua evolução.
A mamografia só é recomendada a partir dos 50 anos.
MITO. Inúmeros estudos científicos realizados em todo o mundo comprovam que a mamografia traz maior benefício quando realizada anualmente em mulheres acima dos 40 anos. Esse seria o ideal. Mas alguns países, por falta de verba, tentam adequar esse programa de rastreamento à sua realidade orçamentária.
No Brasil, por exemplo, o Ministério da Saúde preconiza a realização da mamografia a cada dois anos e só a partir dos 50 anos. Mas vale ressaltar: esse monitoramento, ainda assim, tem reduzido a mortalidade pelo câncer de mama e aumentado o número de diagnóstico precoce. Por isso, é essencial aderir ao programa de rastreamento e realizar os exames periodicamente.
Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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