São Paulo, 28 de abril de 2024
Home / Notícias / SES Lança Programa Estadual de Combate ao Câncer de Mama

Notícias

SES Lança Programa Estadual de Combate ao Câncer de Mama

13/04/2012

 Em 2009 ocorreram 1.071 óbitos por câncer de mama e a taxa bruta de mortalidade foi de 10,6 óbitos por 100.000 mulheres mineiras. Para 2011, o INCA estima que serão 4.250 mulheres com a doença a taxa bruta de incidência será de 41 casos novos por 100.000 mineiras.

 

Com o desafio de modificar esse quadro, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) lançou ontem, 12/04, novas ações no controle do câncer de mama. A nova proposta do Projeto está baseada em uma mudança no modelo de controle da doença. 

 

A partir de agora, o controle do câncer de mama estará focado em três pontos chaves: ampliar a faixa etária prioritária para 45 a 69 anos, facilitar acesso à mamografia e agilizar a definição diagnóstica, com objetivo de iniciar rapidamente o tratamento do Câncer de Mama. Como consequência, espera-se melhorar o prognóstico do Câncer de Mama nas mulheres mineiras.

 

“Cerca de 25% das mortes poderiam ser evitadas. As taxas elevadas são, muito provavelmente, a consequência de um diagnóstico tardio da doença, quando o câncer está em estágios avançados, dificultando o tratamento”, explicou o Secretário de Saúde  de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques.

 

Segundo Antônio Jorge, o programa possui uma preocupação muito grande com a informação e a mobilização. “Os exames, o tratamento estão ai, mas é preciso que as mulheres saibam disso, conheçam os seus direitos. Por isso a presença e a atuação dos meios de comunicação social são importantes. Precisamos mobilizar, convencer às mulheres a realizar o exame”, disse.

 

Roberta Zampete, apresentadora do programa, “Brasil das Gerais”, da Rede Minas, convidada a falar em nome dos jornalistas presentes, disse acreditar no papel da imprensa como veículo de melhoria da vida dos outros. Isto porque, segundo ela, “o compromisso primordial da imprensa é em alertar às pessoas. Levar informações e divulgar direitos e comportamentos”.

 

Para a Presidente da Instituição Flávio Gutierrez, Ângela Gutierrez, o mais importante é indicar os caminhos ao cidadão. “Precisamos sempre de iniciativas que alertem que relembrem e que colaborem. O câncer de mama é uma doença que assusta, mas que pode ser vencida”, completou.

 

 

Experiências

 

Elza Figueiredo Coutinho conhece de perto a realidade de mulheres que tiveram a doença. Ela reconhece que o mais importante é acreditar que é possível viver após o câncer e tratar-se imediatamente.

 

“Minha bisavó, minha avó, minha mãe e eu tivemos câncer de mama. Todas nós lutamos contra o câncer, mas nenhuma morreu dessa doença. Todas morreram de velhice, e eu também só aceito morrer de velhice. Isso significa que podemos vencer a batalha”, contou.

 

Rosa Maria Abreu Duarte, também vivenciou a luta contra o câncer. “É difícil acreditar que está acontecendo com a gente. Depois é difícil mais ainda crê que podemos nos curar. Mas, eu sempre digo que nada na vida da gente acontece por acaso. Agora estou aqui para conscientizar às mulheres de que o que me salvou foi o diagnóstico precoce, foi fazer mamografia”, disse.

 

Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Aline Chaves, o mais importante é conscientizar às mulheres sobre a prevenção. “O tratamento no estágio avançado é mais doloroso e tóxico para o paciente e é mais caro para o estado”, completou.

 

O Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia/ Regional Minas Gerais, João Henrique Pena Reis oncologia, elogiou a estratégia inovadora do Governo de Minas: “a partir de agora podemos falar em enfrentar a doença na linha de frente”, disse.

 

Desburocratização

 

Até agora, o acesso à mamografia de rastreamento é realizado por meio de uma requisição, que é entregue à mulher após uma consulta médica. A partir de agora, a mulher não necessitará mais ir previamente ao médico para receber uma requisição, poderá solicitar um formulário em qualquer Estabelecimento de Saúde Pública, como as Unidade Básicas de Saúde (UBS) e Centros Viva Vida.

 

Segundo o secretário Antônio Jorge, a medida pretende desburocratizar o acesso às mamografias no estado “A população de mulheres mineiras com idade 45 a 69 anos é de 2.397.315 milhões, destas 1.753.932 são SUS dependentes. Portanto, o impacto desta política será imenso. Todas elas terão direito a realizar o exame”, disse.

 

 

Diagnóstico facilitado

 

Após os laudos, os exames deverão ser enviados para a Unidade de Saúde de referência indicada na requisição. Para facilitar a definição diagnóstica do Câncer de Mama foi criado um sistema de classificação que estabelece o fluxo e a prioridade no atendimento das mulheres em função dos resultados encontrados.

 

Todos os resultados do exame de mamografia deverão, assim, ser disponibilizados com os adesivos informando a classificação do exame e o procedimento a ser realizado. Nos casos de diagnósticos que apresentam cerca 70% chance de confirmação de câncer de mama, as pacientes serão encaminhadas para as unidades Centro Viva Vida ou para outras unidades de referência. 

 

Em casos de resultado benigno, a mulher deve ser orientada a realizar da mamografia semestralmente. Já aquelas que apresentarem resultado normal, serão orientadas a realizar a mamografia a cada dois anos.

 

“A estratégia de classificar os estágios da doença é importante para agilizarmos o início de tratamento da mulher com o câncer de mama. Hoje 29% das mulheres que recebem um diagnóstico de câncer já o recebem em estágios avançado. O objetivo do programa é evitar isso”, explicou Antônio Jorge. O Presidente do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde (COSMES/MG) Mauro Junqueira disse que o programa possibilitará que “as mulheres tenham acesso ao tratamento logo que descobrirem a doença, pois isso será determinante no processo de cura”. 

 

O presidente da comissão de saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Carlos Mosconi, também elogiou a iniciativa: “é uma política altamente favorável, inovadora e moderna”, assegurou.

 

 

 



Fonte: SES-MG
Sobre Fontes Externas de Informação
Os artigos, notícias de fontes externas, assim como as imagens, publicados no Portal da Enfermagem são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião, postura ou atitude do Portal da Enfermagem.
Além disso, possuímos uma lista prévia de veículos nacionais (jornais, revistas e sites) que costumamos replicar o conteúdo em nosso portal, sempre citando a fonte.

Comentários

O portal da Enfermagem não faz a moderação dos comentários sobre suas matérias, esse Espaço tem a finalidade de permitir a liberdade de expressão dos seus leitores, portanto, os comentários não refletem a opinião dos gestores. Apesar disso, reservamo-nos o direito de excluir palavras de baixo calão, eventualmente postadas.

Nenhum comentário enviado, seja o primeiro. Participe!