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Enfermagem ofendida com secretário da Saúde do MT repudia comparação salarial

27/10/2011

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren-MT) não gostou das comparações salariais sobre a categoria feitas pelo secretário Estadual de Saúde, Pedro Henry (PP), e a classe se sentiu ofendida e desvalorizada, por isso repudiou as declarações do gestor.

 

Ao comentar sobre as vantagens das Organizações Sociais (OS's), Henry destacou que o salário de uma enfermeira no Estado é de R$ 7 mil, enquanto mercado paga apenas R$ 2.500. No entanto, o Coren destaca o salário citado pelo secretário é o correspondente à remuneração de um servidor da SES após anos de dedicação e diversas etapas de aprimoramento.

 

"Isso leva a crer que o referido representante não conhece o Plano de Cargos, Carreira e Salários da instituição que dirige. É possível compreender, ainda, que tempo de dedicação ao órgão e aprimoramento não são valores importantes para o bom exercício profissional, diante da comparação do gestor da Saúde no Estado", declarou o presidente do Coren-MT, Vicente Pereira Guimarães.

 

Ainda sobre o fato de Henry ter dito que os servidores estariam "mal acostumados" com a omissão do Estado em cobrar ações do funcionalismo público, o Coren-MT alega que o secretário quer, então, usar as OS"s para disciplinar os servidores.

 

O Conselho alegou que o "privilégio" de receber R$ 7 mil não é exclusividade do enfermeiro, mas um direito de todo servidor de nível superior do órgão, nas mesmas condições.

 

"Mesmo assim, é lamentável um gestor de Saúde acreditar que a referência salarial de um profissional de saúde - que lida cotidianamente com a vida - deva ser o aplicado vergonhosamente pelo mercado, ao invés de buscar políticas que valorizassem esse trabalhador e, consequentemente, a sociedade, tão carente desse serviço básico à sobrevivência", lamentou o presidente.

 

Guimarães também criticou o secretário por associar a causa do caos da saúde com os salários dos profissionais e não na sequência de péssimas gestões.

 

"Como se a solução desse caos fosse "terceirizar" o SUS e corrigir os servidores "mal acostumados", dando uma conotação de que a reclamação da sobrecarga de trabalho e das condições desumanas de atuação seria desnecessária. Enquanto isso, mais pessoas morrem todos os dias sem o serviço que esse representante da população gere. O que a Enfermagem exige é respeito - aquele que vai além dos salários, mas perpassa pelo reconhecimento do precioso papel de salvar vidas", afirmou.



Fonte: Olhar Direto
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