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A esquizofrenia sob a ótica familiar: discurso dos cuidadores

06/04/2009

Dentro do espectro dos transtornos psíquicos, a esquizofrenia é uma das formas mais sérias de doença mental, para a qual não existem causas orgânicas demonstráveis ou déficit intelectual, sendo completamente abrangente, já que afeta todas as dimensões da existência do indivíduo. Caracteriza-se por uma perturbação da personalidade e perda da capacidade para interferir na realidade, mas sem evidências de relações entre o transtorno e os processos físicos do cérebro1. Etimologicamente, o termo esquizofrenia significa cisão da personalidade e determina no indivíduo alterações profundas em algumas das funções psíquicas, como no pensamento, na consciência e na linguagem, mas muito especialmente no afeto (rigidez afetiva, afeto inapropriado, ambivalência afetiva)2.

A esquizofrenia produz alterações nas funções psíquicas que podem afetar todas as dimensões da existência do portador. Para seu enfrentamento, a família é o principal suporte psicossocial. Objetivou-se caracterizar os familiares cuidadores e conhecer suas percepções sobre a esquizofrenia. Foram entrevistados 15 familiares, em julho de 2005. Os discursos foram analisados segundo a análise de conteúdo Bardin. As percepções apreendidas organizaram-se em torno da causalidade e conhecimento da esquizofrenia. Também circularam idéias relativas a “preocupações com o tratamento” e “sentimentos do cuidador”.

Dulcian Medeiros de Azevedo
Enfermeiro. Bacharel e Licenciado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Professor Substituto do Departamento de Enfermagem da UFRN. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFRN. 

Mércia Maria de Paiva Gaudêncio
Orientadora. Enfermeira Mestre em Saúde Coletiva pela UEPB. Professora Titular do Departamento de Enfermagem da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).