Artigo científico do Colégio Americano de Gastroenterologia (CAG) indica que 15% da população global sofre com constipação intestinal, a famosa prisão de ventre ou intestino preso. Aqui no Brasil, 85% ou mais dos casos são provocados pelo pobre consumo alimentar em fibras vegetais e líquidos. É o que aponta a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).
Pessoas que apresentam sintomas de esforço para eliminar as fezes, sensação de evacuação incompleta/bloqueio anorretal, frequência de defecação inferior a três vezes por semana, inchaço abdominal, mal-estar ou gases, devem procurar um médico.
De acordo com Natália Mukai, Cirurgiã coloproctologista especialista pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), a “prisão de ventre” atinge pessoas de diferentes idades e de ambos os sexos, mas tem um maior número de casos entre as mulheres e a prevalência pode aumentar a partir dos 65 anos. “É comum que indivíduos na terceira idade apresentem ressecamento e, por consequência, dificuldade na evacuação. Um fator agravante nesta faixa etária é a incidência de outros problemas de saúde, uso de medicações crônicas, sedentarismo e o aumento da incidência de câncer”, explica.
Entre as principais causas da prisão de ventre estão a má qualidade alimentar com poucas fibras e a baixa ingestão de líquidos. Entretanto, outros fatores de risco incluem doenças crônicas, a falta de exercícios físicos, a ansiedade e depressão, fatores que pioraram principalmente neste momento de pandemia. O costume de adiar a ida ao banheiro e os efeitos colaterais de alguns medicamentos também contribuem para o agravamento da condição.
Mukai alerta ainda que é preciso ter atenção aos sinais que o corpo dá, pois, a constipação intestinal pode mascarar outros problemas como hemorroidas, doença diverticular, fissuras anais e, o mais grave de todos, o câncer de intestino. “Muitas pessoas sofrem de constipação severa e não sabem que podemos e devemos investigar as reais causas do problema para iniciar o tratamento adequado”, esclarece a especialista.
Para aqueles que sofrem de intestino preso relacionado aos hábitos diários, recomenda-se a ingestão de 25-30 gramas de fibras/dia e o consumo de pelo menos 2 litros de água/dia, reduzir o excesso de proteína animal e adoção de um novo estilo de vida com a prática de atividade física. Nesses casos a ajuda de um nutricionista, educador físico, fisioterapeuta e psicólogo pode ser fundamental também. Em casos mais delicados, o médico poderá indicar o tratamento específico, se for necessário.
Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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