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Descarte correto de perfurocortantes evita transmissão de doenças infecciosas

11/04/2011

Os profissionais de saúde e estudantes que são vítimas de acidentes de trabalho com perfurocortantes (seringa, agulha, ampola) têm de 6% a 30% de chances de transmissão de hepatite B, doença infecciosa e sexualmente transmissível que provoca inflamação no fígado. Os acidentes de trabalho nos serviços de saúde também podem ser responsáveis pela transmissão de hepatite C, AIDS e outras 60 patologias provocadas por vírus, bactérias, parasitas e fungos.

 

A equipe de enfermagem do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Alagoas, participou de uma palestra sobre descarte correto de perfurocortantes, já que esta categoria lidera a lista dos profissionais mais vulneráveis aos acidentes. A importância da prevenção e notificação dos acidentes de trabalho também foi assunto que mobilizou a seção de Saúde Ocupacional do hospital.

 

De acordo com a enfermeira do Trabalho Janicleide Duarte, em 2010 foram registrados 81 casos de acidentes em decorrência de perfurocortantes, representando 65% de todas as notificações de acidentes de trabalho no hospital. "Esse número é considerado alto, mas ainda não reflete a realidade dos HGE devido às subnotificações. Muitos servidores e estudantes ainda deixam de informar os acidentes na Saúde Ocupacional", informou.

 

A incidência de acidentes neste ano subiu em relação a 2009, quando foram registrados 68 casos. "Cerca de 90% das notificações são obtidas por meio da busca de ocorrências no Hospital Escola Hélvio Auto dos pacientes provenientes do HGE. O que ocorre é que os servidores vão direto ao Hélvio Auto e deixam de seguir a rotina para acidentes de trabalho implantada no Hospital Geral", explicou.

 

Protocolo - A conduta que os profissionais acidentados devem seguir inicia-se com a lavagem do local exposto com água e sabão e no caso das mucosas somente com água e solução fisiológica. Em seguida, eles precisam dirigir-se ao atendimento médico do HGE (fazendo a ficha de registro), onde será atendido por um clínico geral e solicitados exames tanto para o acidentado como para o paciente fonte (paciente com o qual o servidor se acidentou).

 

Também deve ser feita coleta de sangue do paciente fonte no local (HGE), com autorização do mesmo ou de familiares. Já a coleta de sangue do servidor acidentado deverá ocorrer exclusivamente no laboratório do Hospital Hélvio Auto. Depois das providências quanto ao atendimento, o servidor deve procurar a Seção de Saúde Ocupacional do HGE e informar o acidente.

 

"O ideal é que essa notificação seja feita nas primeiras 24h após o acidente e em casos de feriado ou fim de semana pode ser realizada no primeiro dia útil", lembrou Janicleide Duarte.

 

Ocorrências - Segundo o Sistema de Vigilância de Acidentes de Trabalho com material biológico em serviços de saúde brasileiros (PSBio), os acidentes de trabalho com perfurocortantes ocorrem durante a manipulação da agulha no paciente (27%), no descarte do perfurocortante (13%), em colisão com outro trabalhador (10%), descarte inadequado (9%), entre outras situações.

 

"É importante salientar que a prevenção dos acidentes do trabalho deve ser uma rotina diária e precisa da colaboração de cada trabalhador. Nosso objetivo é diminuir o índice de casos, mas só vamos atingir essa meta se servidores e estudantes tiverem a consciência do perigo de contaminação na realização dos procedimentos e agirem de forma segura", destacou a enfermeira Andréa Teodozio, coordenadora do Programa Educação Permanente do HGE.



Fonte: Portal da Enfermagem | Hospital Geral do Estado (HGE)
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