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Vanessa Machado Limas e o amor pela enfermagem: ‘dar o melhor para quem precisa’

27/07/2020

A Prefeitura de Criciúma informou recentemente que cerca de 15% dos profissionais de saúde estão afastados dos seus trabalhos por doença, seja por coronavírus, suspeita ou outras enfermidades. Os trabalhadores da saúde deixam suas residências todos os dias em busca de ajudar o próximo sem saber quem vão encontrar e atender.

 

Apesar de estarem na linha de frente da maior pandemia do século, os profissionais continuam exercendo suas funções e buscando oferecer seu melhor a sociedade. É o caso da enfermeira Vanessa Machado Limas, de 31 anos. Ela atua no Centro de Triagem de Criciúma desde março.

 

Moradora do bairro Maria Céu, ela mora com o namorado Marvin Patrick e com os pais Gilson Limas e Rosimere Machado Limas. Formada em Enfermagem pelas Faculdades Esucri há oito anos, ela ainda possui Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho pela mesma instituição e, recentemente, se formou no Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

 

“Sempre quis atuar com saúde. Era o meu desejo desde muito nova. Quando foi para entrar na faculdade, quis cursar Medicina para trabalhar com pediatria. Pelo financeiro, acabei optando por enfermagem. Não me arrependo, pois amo minha profissão e amo atuar na saúde pública”, conta. 

 

Após se formar em 2012, Vanessa não conseguiu nenhuma oportunidade de emprego em Criciúma e acabou indo embora para Florianópolis no ano seguinte. “Morei na Capital de Santa Catarina por cinco anos. Distribui diversos currículos e consegui uma oportunidade. Em Florianópolis, trabalhei em duas clínicas”, lembra. 

 

 

Durante esses cinco anos em que morou em Florianópolis, Vanessa e a família passaram por momentos delicados. “Em 2016, meu pai teve câncer no estômago. Ele e minha mãe foram embora comigo. Meu irmão Wagner já morava na cidade também. Meu pai fez a cirurgia em Florianópolis e também a quimioterapia. Meus pais ficaram dois anos comigo. Hoje, ele está curado e apenas faz os acompanhamentos com os médicos”, explica.

 

“Foi um momento difícil, mas, graças a minha profissão, consegui ajudá-lo. Atualmente, ainda cuido dos medicamentos dele, dos exames. Sou eu que o levo no médico. Graças a profissão que escolhi, consegui ajudar meu pai no momento em que ele mais precisou”, acrescenta. 

 

Após cinco anos morando em Florianópolis, Vanessa voltou embora para Criciúma, mas não veio sozinha. Seu namorado Patrick também veio para a Capital do Carvão. “Nos conhecemos em uma festa africana lá em Florianópolis e ele veio embora comigo, e moramos com meus pais. Ele é formado em Design Industrial e tem pós-graduação em gestão de projetos. Mas, infelizmente, com a chegada da pandemia, ficou desempregado”, conta. 

 

Dedicada à família e à saúde pública 


 

Quando voltou para Criciúma em 2018, Vanessa se dedicou ao Mestrado que estava cursando na Unesc. Já em 2019, começou a trabalhar na Estratégia da Saúde da Família (ESF) dos bairros Nossa Senhora da Salete, Operária Nova e Vila Manaus. “Fui muito feliz atuando nesta área. Foi meu primeiro contato com a saúde pública, pois em Florianópolis, atuava em clínicas particulares”, lembra. 

 

Em março deste ano, Vanessa começou a trabalhar no Centro de Triagem do coronavírus da área central de Criciúma. “Comecei no dia 24 de março. É um contrato emergencial, mas percebi uma oportunidade de emprego e também profissional. Obviamente que eu sabia dos riscos, porém tenho todos os cuidados necessários. Chego em casa e me troco em uma área antes de entrar em casa”, descreve. “Meus pais estão no grupo de risco, então não os abraço mais, não tenho mais tanto carinho como antes, porém moramos na mesma casa e tomamos todos os cuidados possíveis”, completa. 

 

Futuro 

 

A enfermeira comenta que enxerga o pós-pandemia ainda distante e projeta dias difíceis. “Acho que teremos muitas pessoas contaminadas ainda. Nosso trabalho aqui no Centro de Triagem aumentou nas últimas semanas e, por isso, pedimos tanto para as pessoas se cuidarem”, reforça. 

 

Vanessa comenta que não tem medo de ser contaminada com coronavírus. “Venho todos os dias segura que Deus está comigo e que estou protegida”, afirma. “Entrei na enfermagem porque eu gostava de saúde. Percebi que pude ajudar meu pai e ainda o ajudo. Hoje, ainda posso ajudar outras pessoas com um vírus que já matou muitas pessoas. Espero que consigamos sair de tudo isso”, finaliza.



Fonte: Engeplus | Portal da Enfermagem
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