A morte inesperada sem causa aparente de uma pessoa saudável provoca grande impacto emocional em familiares e amigos. A denominada morte súbita vem sendo estudada há vários anos na área médica para que sinais precoces sejam identificados.
Apesar de a cardiologia analisar mais o tema, a área da neurologia aponta, apesar de pouco frequente, a presença de morte súbita em epilépticos. Portadores de epilepsia (doença neurológica não transmissível) raramente têm morte súbita. Quando ela ocorre, a necropsia não encontra a sua causa.
Na revista Trends in Neurosciences do dia 21 de abril o professor Gordon Buchanan, da Universidade de Iowa, EUA, sugere a possibilidade de um reflexo neural defeituoso estar relacionado ao transtorno.
Estudo sobre 490 casos de morte súbita relacionada a causas cardíacas em crianças e adultos foi publicado na revista New England Journal of Medicine pelo professor Chris Semsarian, da Universidade de Sidney, Austrália. Em 60% dos casos (292) a causa foi encontrada: 24% por doença das artérias coronárias, 16% por cardiomiopatia hereditária, 7% por miocardite e 4% por dissecção da aorta.
Nas necropsias de 40% dos óbitos, não foram encontradas as causas, mas testes de sangue mostraram que 24% dos mortos tinham uma mutação genética relevante, apesar de corações aparentemente normais.
Julio Abramczyk - Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).
Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
Os artigos, notícias de fontes externas, assim como as imagens, publicados no Portal da Enfermagem são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião, postura ou atitude do Portal da Enfermagem.
Além disso, possuímos uma lista prévia de veículos nacionais (jornais, revistas e sites) que costumamos replicar o conteúdo em nosso portal, sempre citando a fonte.
Comentários
Nenhum comentário enviado, seja o primeiro. Participe!