Você sabia que o "relógio biológico" não é exclusividade dos seres humanos?
Aparentemente todos os seres vivos – incluindo pequenos fungos e bactérias – têm um ciclo circadiano: processo biológico que leva cerca de 24 horas e marca o ritmo da nossa existência. Mas você sabe o que é isso e como te afeta?
1. Os ritmos circadianos existem há muito tempo
'sopa primordial' é a mistura de compostos orgânicos que pode ter dado origem à vida na Terra
Acredita-se que as primeiras células da Terra foram danificadas pela radiação ultravioleta emitida pelo Sol e se adaptaram ao passar por um processo de regeneração à noite.
2. Não é só você que tem
A acácia mimosa amarela não precisa do sol para saber que é hora de abrir ou fechar suas folhas
Acredita-se que qualquer forma de vida que absorva energia da luz solar tenha algum tipo de ritmo circadiano, para aproveitar ao máximo a luz e a escuridão. Experimentos mostraram que as folhas de acácia mimosa vão continuar abrindo e fechando no escuro, seguindo seus próprios ritmos circadianos, ao invés do sol.
3. Eles dão sentido à vida
Até um simples cogumelo tem relógio biológico
Os ritmos circadianos permitem que os organismos antecipem certos eventos, como a noite e o dia, o inverno e o verão, e assim se preparem para eles.
4. Você tem um relógio principal
Esqueça o meridiano de Greenwich, o relógio que realmente importa para o seu corpo está no seu hipotálamo
Ele fica no hipotálamo, localizado no cérebro e, como um condutor, envia sinais reguladores para todo o corpo em diferentes momentos do dia.
5. E também tem relógios periféricos
O corpo humano se esforça o tempo todo para entrar em sincronia consigo mesmo...
Todos os órgãos e tecidos corporais têm relógios extras, que são sincronizados pelo relógio mestre em seu cérebro.
6. E há relógios em todas as células
Cada célula do seu corpo tem a capacidade de gerar oscilações de 24 horas.
7. Ciclo anual
No inverno, à medida que as noites ficam mais longas e o sono aumenta, o cérebro libera mais melatonina – hormônio que regula o sono e a vigília. Muitos animais, como os cervos, reagem a isso se preparando para acasalar ou hibernar. Acredita-se que os seres humanos produzam mais anticorpos no inverno para combater doenças.
8. A luz do dia mantém você 'ajustado'
Exposição diária à luz do sol é fundamental para se manter saudável
Se você passar o tempo todo no escuro, seu relógio biológico fica fora de sintonia com o relógio de 24 horas. Existem sensores nos seus olhos que detectam a luz e enviam sinais para a parte do cérebro que mantém os relógios do seu corpo sincronizados.
9. É hora de domir?
Como você sabe que é hora de dormir?
A partir do momento em que você acorda de manhã, o sono vai se acumulando. No entanto, você normalmente não adormece até que seu relógio biológico diga que está na hora de ir para a cama.
10. Jet lag
Pode levar algum tempo para ajustar o sono após uma viagem por diferentes fusos horários
Você sente o jet lag – aquela sensação de cansaço profundo, irritabilidade e mal-estar – quando o relógio principal do seu corpo está marcando uma hora e outras partes do seu organismo, como fígado, intestino e músculos, estão em horários ligeiramente diferentes. O corpo leva cerca de um dia para se adaptar a cada hora de diferença de fuso horário.
11. Jet lag social
O despertador diz 'acorda', mas seu corpo diz 'dorme'
Quem trabalha em turnos noturnos ou apresenta um descompasso entre seu relógio biológico e sua vida social pode sofrer com o chamado "jet lag social". É a diferença entre o horário em que o corpo deseja acordar e a hora em que o despertador toca. Estudos sugerem uma correlação entre essa condição e um aumento do risco de depressão, obesidade, doenças cardíacas, diabetes e câncer.
12. Deixe os adolescentes cansados dormirem até tarde
Falta de sono e mau humor de adolescentes caminham de mãos dadas
O aumento acentuado dos hormônios durante a puberdade deve atrasar o relógio em até duas horas. Pedir a um adolescente que se levante às 7h é o mesmo que pedir a um homem de 50 anos para acordar às 5h. Mais tarde, voltamos aos padrões de sono e vigília que tínhamos antes da puberdade.
Fonte: BBC Brasil | Portal da Enfermagem
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