O Ministério da Saúde confirmou no último domingo (28) a primeira morte causada pela gripe suína no país -como é chamada a gripe A (H1N1)-, ocorrida em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
Além disso, o número de casos confirmados no país subiu para 627 --destes, 308 apenas em São Paulo--, sendo que há pacientes infectados em quase todos os Estados brasileiros.
O nome do paciente não foi citado pelo ministro. Entretanto, o Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, informou que se trata do caminhoneiro Vanderlei Vial, 29, que esteve na Argentina a trabalho e retornou no dia 20 ao Brasil.
De acordo com o hospital, o caminhoneiro foi atendido na Fundação Hospitalar Santa Terezinha, de Erechim (RS). Ele ficou no local até o a última segunda-feira (22) quando foi transferido para Passo Fundo.
O Ministério da Saúde informou que o caminhoneiro esteve na Argentina por sete dias e começou a apresentar os sintomas de febre, tosse e dor muscular no último dia 15, ainda no país vizinho. Voltou ao Brasil no dia 19, quando foi internado. No dia seguinte, recebeu o diagnóstico da doença. Três dias depois, o paciente teve uma piora, apresentando insuficiência respiratória.
"Mesmo devidamente assistido, com todos os cuidados intensivos que o caso requeria, infelizmente, ele veio a falecer hoje pela manhã", disse o ministro. 'Lamentamos a morte e reafirmamos que estamos lançando mão de todos os esforços para evitar mais óbitos."
Apesar da morte, o ministro afirmou que a transmissão do vírus no país ainda é restrita. Segundo ele, cerca de 75% dos casos foram "importados", ou seja, as pessoas foram infectadas fora do país. Os outros casos são de pessoas que tiveram contato direto que esses doentes.
"No Brasil essa transmissão é limitada e não sustentada. Ou seja, todos os casos diagnosticados no país são de pessoas que vieram de fora ou que essa transmissão se deu através de um vínculo epidemiológico forte".
O ministro disse também que o índice mundial de letalidade dessa doença está próximo do verificado na gripe comum (0,4% dos casos). Até momento, foram registradas 320 mortes, entre mais de 70 mil casos confirmados. Essa letalidade chegou a 2% no começo da epidemia.
O governo informou que a morte registrada hoje não muda a estratégia das autoridades no combate à doença. "Vamos continuar seguindo a mesma linha traçada desde o início do plano de contingência, uma estratégia de contenção, tentando impedir que o vírus se dissemine no país."
O ministério monitora ainda o caso de uma mulher que "inspira cuidados', mas já apresenta melhora. Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul investiga se a morte de um engenheiro americano em Montenegro (RS) tem relação com a gripe suína.
Segundo nota emitida pela secretaria, um homem morreu na noite de sexta-feira (26) depois de entrar em coma. O engenheiro mecânico de 59 anos chegou a trabalho no Estado no dia 21 e foi internado no hospital de Montenegro na última quarta-feira (24).
Novos casos
O número de casos confirmados no país subiu para 627. Os Estados com mais casos são São Paulo (308), Minas Gerais (69), Rio de Janeiro (66), Santa Catarina (45) e Rio Grande do Sul (40).
Segundo o ministro, o aumento no número de casos no Brasil se deve ao crescimento no número de países com a doença (112 ao todo), ao aumento de viagens de brasileiros para os países que têm transmissão sustentada (EUA, México, Canadá, Chile, Argentina, Reino Unido e Austrália) e ao início do inverno no Hemisfério Sul.
Fonte: Folha de S. Paulo
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