Singular e Coletivo, como, onde e de que forma se inter-relacionam?
Será possível traduzir o Singular por meio do Coletivo e vice-versa?
O que vocês pensam a respeito desse tema? Desse questionamento? O que nossas
histórias pessoais dizem a respeito dos grupos aos quais pertencemos? Minha história
se dá por determinismos sociais?
Quantas perguntas, não é?
Na verdade, fico a pensar sobre essas questões e entendo que ao fazer parte de um
grupo, seja ele familiar, social, de trabalho ou lazer, sou influenciado e influencio.
Contribuo e recebo e, assim, a dinâmica se estabelece de forma que o compartilhar de
ideias, significados e sentidos semelhantes, não iguais, mas que confluem afinidades,
determinam as formas de relações específicas. Assim, comportamentos e maneiras de
relacionamentos se estabelecem, configurando a imagem do grupo.
Essa imagem é composta por múltiplas singularidades que se conectam e se
manifestam por meio do coletivo.
Esse coletivo por sua vez não se traduz de forma totalmente homogênea, vez que cada
singularidade é composta por diferentes experiências, que são vivenciadas, sentidas e
significadas de diversas maneiras, sendo que fatos marcantes da vida influenciam e,
por vezes, até acabam definindo nossa trajetória pessoal. E como fazemos parte de
diferentes grupos, também contribuímos para caracterizar o grupo, já que criamos
imagens e representações de nós mesmos e das nossas relações com os outros; entre
o eu individual e a dimensão temporal de nossa experiência e da nossa existência.
As experiências são fundamentais para que o indivíduo possa conhecer emoções, dar
sentido a fatos, momentos, pessoas e assim escrever sua trajetória. Essa experiência é
individual, porém é percebida e entendida à luz de um contexto histórico, cultural,
ambiental, local, em que causas e condições se reuniram e, desta forma, aquela
experiência pôde ser vivenciada. O sentido atribuído a este momento terá percepções
diferentes à medida que a temporalidade se estabeleça e de forma gradativa, o
significado atribuído ganha novas interpretações, tanto individuais como as grupais.
A realidade é feita de interpretações. Singulares que compõe as Coletivas. É um
universo de combinações e possibilidades que nos instiga a procurar similaridades e
diferenças entre os grupos, as pessoas e por que não dizer, globalmente.
O que será que temos de tão singular? Por que as singularidades são tão importantes
nos percursos coletivos?
Continuamos a investigar a História e as histórias da humanidade, buscando respostas
que provavelmente não serão as mesmas, mas que certamente terão grandes
similaridades.
AFINAL, NÃO HÁ COLETIVO SEM SINGULAR.
Todos fazemos parte e, portanto, criamos o Coletivo.
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