São Paulo, 19 de abril de 2024
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Estomaterapia | Sílvia Angélica Jorge

Diretora do Departamento de Enfermagem do Hospital de Clínicas/UNICAMP, Conselheira Científica e vice-presidente da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências. Enfermeira Estomaterapeuta TiSOBEST, Graduada e Licenciada em Enfermagem pela Universidade Estadual de Campinas - Faculdade de Ciências Médicas, é Mestre em Enfermagem Fundamental, pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – SP, com Especialização em Estomaterapia na Faculdade de Ciências Médicas/ UNICAMP, Especialização em Nefrologia pela Universidade Federal de São Paulo, Especialização em Administração Hospitalar pela Faculdade São Camilo e Especialização em Desenvolvimento Gerencial pela Universidade Estadual de Campinas. - Email: [email protected]

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Áreas de atuação do Enfermeiro Estomaterapeuta Estomias

A pessoa que se submete a uma estomia necessita de cuidados específicos, de um acompanhamento especializado que atenda às suas necessidades psicobiológicas, psicossociais e psicoespirituais, para se adaptar à nova realidade, pois sofrerá uma série de alterações na sua rotina e a maneira como vai encarar esse novo momento de vida, dependerá muito da sua capacidade individual de enfrentamento bem como dos conceitos pré- estabelecidos sobre estar nessa condição. O paciente muitas vezes pode se sentir vulnerável e isolar-se, tanto do convívio familiar, quanto social.

Frente à complexidade do tratamento e da reabilitação da pessoa com estomia, a participação do Enfermeiro Estomaterapeuta é de extrema importância para fornecer orientações e esclarecer as dúvidas que poderão surgir, ajudar o paciente a conviver da melhor maneira possível com os cuidados necessários para a sua reabilitação buscando a qualidade de vida, melhorando a auto estima diante do impacto da imagem corporal com a nova condição. Deve iniciar no momento do diagnóstico e da indicação da realização de uma estomia, para minimizar sofrimentos e obter uma melhor reabilitação.

Na indicação de uma estomia, deve-se fazer um planejamento pré- operatório criterioso a fim deve se evitar problemas pós-operatórios e nesse momento a participação do Enfermeiro Estomaterapeuta é fundamental para realizar a demarcação do local mais adequado para ser realizado o estoma de acordo com as características do paciente.

O paciente deverá ser envolvido em todo o processo para possibilitar que o paciente participe ativamente do seu tratamento, estimulando a responsabilidade na continuidade dos cuidados após a alta hospitalar.

Compete ao Enfermeiro Estomaterapeuta orientar, ensinar e treinar o paciente quanto às habilidades para assumir o seu autocuidado, envolvendo todos os cuidados necessários que deve tomar em se tratando da manipulação do estoma, como: limpeza da pele periestomal, especificações e disponibilidade dos dispositivos; observar se as necessidades hídricas e nutricionais estão sendo supridas e ficar atento a sinais de complicações.

O paciente deve ter a segurança de que será acompanhado por um profissional competente com conhecimento especializado para passar por esse momento da vida em que recebe um estoma, quer seja temporário, até o restabelecimento da sua saúde ou definitivo, e para isso deverá aprender e reaprender a viver com uma estomia.


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