Aos 12 anos, o filho do executivo americano Ethan Brown come um hambúrguer quase todos os dias. Não costuma ser uma dieta que pais querem para seus filhos, mas Brown diz não se preocupar, porque os hambúrgueres vêm de sua própria empresa. E são feitos inteiramente de vegetais. "Meu filho está comendo proteína limpa e nenhum colesterol. Ele está crescendo muito agora, quero que ele consuma essa proteína", diz o fundador da empresa de alimentos veganos Beyond Meat.
Segundo Brown, de 40 anos, sua missão é redefinir a palavra "carne". Sua empresa faz hambúrgueres, salsichas e "iscas de frango" de proteína vegetal. Elas são formuladas para simular o gosto, a textura e a aparência de carne bovina, suína e de frango. Até suco de beterraba é adicionado para dar ao hambúrguer uma aparência "sangrenta". Eles contém proteína de ervilha, óleo de coco e amido de batata. Os primeiros estoques do principal produto da empresa, o Beyond Burger, foram vendidos rapidamente após seu lançamento nos EUA em 2016, depois de uma reportagem positiva no jornal New York Times.
Hoje, mais de 25 milhões de hambúrgueres já foram vendidos. Em 2018, os produtos foram lançados no Reino Unido e em outros países europeus. No entanto, o pesquisador David Wesley Silva, doutorando do Departamento de Alimentos e Nutrição da Faculdade de Engenharia e Alimentos da Universidade de São Paulo (USP), diz que é preciso tomar cuidado com o consumo excessivo de hambúrgueres, sejam eles de carne ou de vegetais. "O formato hambúrguer, por mais que seja convencional e prático para o padrão do estilo de vida moderno, está associado ao formato de fast food. É preciso saber do que ele é acompanhado. Como a pessoa monta o sanduíche? Enche de condimentos? Quais os acompanhamentos?", disse à BBC News Brasil. "É preocupante que um alimento ultraprocessado faça parte da dieta de uma criança com tanta frequência. Um dos pontos mais importantes da nutrição é a variedade. Poucos alimentos podem ser repetidos todos os dias."
De células de combustível a 'reconstrução da carne'
Antes de lançar a Beyond Meat em 2009, Brown trabalhava como desenvolvedor de células a combustível, que usam hidrogênio para produzir energia elétrica. Apesar do potencial de diminuir as emissões de gás carbônico em veículos, o empresário diz ter pensado que sua contribuição para a sociedade seria maior se ele tentasse reduzir o impacto da criação de gado na emissão de gases estufa. Brown trabalhou com cientistas da Universidade de Missouri para, segundo ele, "entender a carne e reconstruí-la pedaço por pedaço".
Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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