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Parto induzido na 39ª semana de gestação não aumenta probabilidade de cesárea

09/08/2018

Estudo publicado no "The New England Journal of Medicine" nesta quarta-feira (6) mostra que induzir o parto normal na 39ª semana de gestação não aumenta a probabilidade de cesárea - e, na verdade, reduz o número de cirurgias e de complicações para a mãe e para o bebê. No parto induzido são utilizados medicamentos para provocar clinicamente o "parto normal". A medicação mais comum é a prostaglandina e o procedimento geralmente é feito a partir da 41ª semana de gestação.

 

O achado contraria a crença de que a indução do parto normal poderia, no limite, aumentar o risco de cesáreas, afirmam especialistas. O estudo envolveu várias universidades norte-americanas -- entre elas, a Universidade de Northwestern, a Universidade do Texas Medical Branch e a Universidade de Washington em St. Louis. No estudo, mais de 6.100 mulheres foram divididas em dois grupos: 1) metade induziu o parto na 39ª semana de gestação; 2) e a outra metade esperou as contrações do parto naturalmente. O número de cesárias foi de 19% entre o grupo de parto induzido, contra 22% no grupo sem indução. "A preocupação é que a indução do parto aumentaria a taxa de cesariana e os problemas de saúde em recém-nascidos", diz Georges Macones, pesquisador na Universidade de Washington (EUA).

 

"Nós encontramos que a indução na 39ª semana diminuiu o número de cesareanas", diz. Pesquisadores também encontraram que bebês do grupo de parto induzido tiveram menos problemas respiratórios. Também foram registrados menores índices de hipertensão gestacional. Mulheres que tiveram parto induzido também relataram menos dor. Alguns resultados:


 

  • Taxas mais baixas de cesárea entre o grupo de indução (19%) comparado ao grupo de não-indução (22%);
  • Menores taxas hipertensão gestacional (9%) em comparação com o grupo sem indução (14%);
  • Menores taxas de suporte respiratório entre os recém-nascidos no grupo de indução (3%) em comparação com o grupo sem indução (4%).

 

"Esse novo conhecimento confere à mulher autonomia e habiliade de tomar decisões mais bem informadas durante a gestação", diz William Grobman, da Universidade de Northwestern.



Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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