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Ministério da Saúde lança nova campanha de vacinação

02/08/2018

Mesa de abertura no lançamento da campanha de vacinação no Ministério da SaúdeO lançamento oficial da nova Campanha de Vacinação Contra a Poliomielite e o Sarampo reuniu representantes de diversos setores da saúde nesta terça-feira (31), no Ministério da Saúde. Crianças de um ano e menores de cinco devem se vacinar, independente da situação vacinal.

 

A partir da próxima segunda-feira (6), todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde para receber a dose contra a poliomielite e também contra o sarampo. O Dia D de mobilização nacional foi agendado para 18/08, um sábado, mas a campanha segue até o dia 31 de agosto. A meta do governo federal é imunizar 11,2 milhões de crianças e atingir o marco de 95% de cobertura vacinal nessa faixa etária, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Atualmente, a média nacional de cobertura é de 77%.

 

Representando o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) no lançamento, a vice-presidente Nádia Ramalho, destaca a importância de ações para conter o avança de doenças já erradicadas no Brasil. “Profissionais de saúde, juntamente com a ajuda da população, devem apoia a campanha para que as metas de imunização sejam alcançadas”, afirmou.

 

De acordo com o Ministério da Saúde, foram adquiridas 28,3 milhões de doses de ambas as vacinas – um total de R$ 160,7 milhões. Todos os estados, segundo o ministro da saúde, Gilberto Occhi, já estão abastecidos com um total de 871,3 mil doses da Vacina Inativadas Poliomielite (VIP), 14 milhões da Vacina Oral Poliomielite (VOP) e 13,4 milhões da Tríplice Viral, que protege contra o sarampo, a rubéola e a caxumba. Nos estados que registraram surtos de sarampo, a vacinação foi antecipada como medida de bloqueio para interromper a circulação do vírus. Para a campanha de 2018 foram adquiridas 28,3 milhões doses das vacinas, um total de R$ 160,7 milhões.

 

O cirurgião-dentista Ricardo Gadelha, 44 anos, foi diagnosticado com poliomielite pouco antes de completar 2 meses de vida. Em meio às sequelas que a doença deixou, sobretudo nos membros inferiores, ele garante fazer a sua parte pra que a chamada paralisia infantil não volte a fazer novas vítimas. Os filhos de Gadelha, Samuel, 14 anos, e Davi, 11 anos, foram devidamente imunizados contra a pólio. “Não quero nem desejo essa sequela pra ninguém. Filho protegido é filho vacinado. Nós, pais, temos essa responsabilidade”, reforçou. O país erradicou a poliomielite do território em 1994 e havia conseguido o certificado de eliminação do sarampo em 2016.

 

Este ano, a madrinha da campanha é a apresentadora Xuxa Meneghel. O Zé Gotinha, símbolo das campanhas contra a pólio nos anos 80, também voltou de forma ativa na campanha atual, que é indiscriminada, ou seja, pretende imunizar todas as crianças na faixa etária estabelecida.

 

Isso significa que mesmo as que já estão com esquema vacinal completo devem ser levadas aos postos de saúde para receber mais um reforço. No caso da pólio, crianças que não tomaram nenhuma dose ao longo da vida devem receber a VIP. As que já tomaram uma ou mais doses devem receber a VOP. E, para o sarampo, todas devem receber uma dose da Tríplice Viral – desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.


Ministro da Saúde Gilberto Occhi e a vice presidente do Cofen Nádia Ramalho durante lançamento realizado nesta terça (31)


Além do Ministro da Saúde Gilberto Occhi, e do Secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto, estiveram presentes no evento representantes da OPAS/OMS no Brasil, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (CONASS), do Programa Nacional de Imunizações, do Conselho Federal de Medicina, entre outros parceiros e apoiadores da ação.

 

Queda nas coberturas – Doenças já erradicadas no Brasil voltaram a ser motivo de preocupação entre autoridades sanitárias e profissionais de saúde. Baixas coberturas vacinais, de acordo com o próprio ministério, acendem “uma luz vermelha” no país. Até o momento, a pasta contabiliza 822 casos confirmados de sarampo – sendo 519 no Amazonas e 272 em Roraima. Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Casos considerados isolados foram confirmados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).

 

Em junho, países do Mercosul fizeram um acordo para evitar a reintrodução de doenças já eliminadas na região das Américas, incluindo o sarampo, a poliomielite e a rubéola. Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile se comprometeram a reforçar ações de saúde nas fronteiras e a fornecer assistência aos migrantes numa tentativa de manter baixa a transmissão de casos. Dados do governo federal mostram que 312 municípios brasileiros estão com cobertura vacinal contra pólio abaixo de 50%.

 

Sarampo – O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do quadro, particularmente em crianças desnutridas e menores de 1 ano. Em algumas partes do mundo, a doença é uma das principais causas de morbimortalidade entre crianças menores de 5 anos de idade.

 

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus. Atualmente, entretanto, o país enfrenta surtos de sarampo em Roraima e no Amazonas, além de casos já identificados em alguns estados.

 

Poliomielite – Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomielite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos de idade, mas também pode contaminar adultos. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas, e há semelhanças com infecções respiratórias – como febre e dor de garganta – e gastrointestinais – como náusea, vômito e prisão de ventre.

 

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus desenvolve a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte.



Fonte: Cofen | Portal da Enfermagem
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