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Cientistas da USP mapeiam DNA da bactéria da tuberculose para definir tratamento

27/07/2018

Há dois meses, o auxiliar de serviços gerais Renan Alves de Souza Mateus, de 28 anos, foi diagnosticado com tuberculose. Em tratamento no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (SP), ele recebe uma medicação direcionada e já apresenta melhora no quadro clínico. “Foi um susto grave. A médica disse que em torno de um a dois meses eu já posso estar em casa, tomando os medicamentos”, diz.

 

Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mapearam os genes da bactéria da tuberculose e conseguiram identificar mutações que causam resistência aos remédios contra a doença. De acordo com eles, com o sequenciamento é possível administrar um tratamento mais seguro e rápido. A ideia é disseminar a técnica para outras instituições.

 

Doença

 

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pela Mycobacterium tuberculosis, que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges. Segundo os pesquisadores, cerca de 90 mil casos da doença são diagnosticados por ano no Brasil. A transmissão se dá pelo ar e pode ocorrer ao falar, espirrar e principalmente ao tossir. O diagnóstico é feito com análise feita no escarro e o diagnóstico é feito com análise feita no escarro e o tratamento é feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os sintomas estão febre, tosse seca e contínua, cansaço, falta de apetite e suor excessivo.

 

Medicamento certo para a resistência

 

Para a pesquisa, foram coletados bacilos de pacientes internados no Hospital das Clínicas. O professor e coordenador do estudo, Valdes Bolela, afirma que os pacientes que tomam de forma irregular o medicamento indicado podem selecionar bactérias resistentes, o que dificulta o tratamento.

 

“Esses testes são mais rápidos porque não precisamos esperar ela [bactéria] crescer para saber se ela é resistente ou não. Neste caso, a gente estuda o genoma da bactéria que está ali e eu procuro as mutações. Isso encurta muito o tempo. Em uma ou duas semanas a gente já tem todos os resultados.”

 

Segundo Bolela, a vantagem de se mapear o genoma é que ele torna possível detectar mutações para todas as drogas disponíveis, em um único teste. Em casos de bactérias sensíveis, o tempo estimado de tratamento é de seis meses. Já para as resistentes, pode levar 18 meses. “Se eu faço o diagnóstico de qual é a resistência que aquele paciente tem, essa informação vai guiar o médico para escolher as melhores drogas, os melhores medicamentos para tratar a doença.”

 

O professor e coordenador da pesquisa da USP Ribeirão Preto, Valdes Bollela (Foto: Reprodução/EPTV)

 

O professor e coordenador da pesquisa da USP Ribeirão Preto, Valdes Bollela (Foto: Reprodução/EPTV)



Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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