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Surtos de gripe crescem entre alunos e levam escolas de SP a adotar vacinação

15/06/2018

O avanço dos casos de gripe neste ano atingiu em cheio colégios da cidade de São Paulo, que passaram a se mobilizar para fazer parcerias com laboratórios e a adotar a vacinação dentro do próprio ambiente escolar. A prefeitura paulistana já registrou 13 surtos de síndrome gripal até esta semana, 11 dos quais em escolas. Em 2017, no mesmo período, foram notificados só 3 —sendo 2 deles especificamente em colégios.

 

Um episódio recente ocorreu no colégio Equipe, em Higienópolis (centro de São Paulo), onde 18 alunos foram infectados nos últimos dias, levando a instituição a fazer uma campanha urgente nesta quinta-feira (14), visando tanto estudantes quanto os pais.


Os registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em 2018 na cidade de São Paulo já chegam a mais que o dobro dos casos do mesmo período do ano passado. Segundo a Secretaria da Saúde da gestão Bruno Covas (PSDB), desde o início do ano, já são 347 os casos de SRAG —173 deles devido ao vírus H1N1. Em 2017, foram 171, sendo 13 atribuídos ao H1N1.

 

Em todo o país, até o último dia 9 de junho, já haviam sido registrados 2.715 casos de gripe, mais do que o dobro em relação ao mesmo período de 2017, quando houve 1.227 casos. O número de mortes também já é maior: passou de 204 para 446. Cerca de 60% desses casos fatais foram provocados pela cepa H1N1.

 

Pelos protocolos médicos, a ocorrência do vírus influenza, causador da gripe, passa a ser considerada um surto a partir do momento em que há dois ou mais casos em um mesmo local, de alguma maneira relacionados e dentro de um intervalo de sete dias.

 

Além do colégio Equipe, outras escolas particulares enviaram comunicados aos pais manifestando a preocupação com a evolução da doença. No colégio Santo Agostinho, no bairro da Aclimação (região central), um caso positivo em aluno foi registrado nos últimos dias.

 

O temor devido ao avanço do vírus nos últimos meses também resultou em campanhas próprias de vacinação em colégios como Dante Alighieri, BIS (Brazilian International School) e Marista Arquidiocesano, onde tanto os estudantes quanto os funcionários foram imunizados. O receio em relação ao vírus H1N1 se transformou ainda em um novo negócio.

 

O laboratório de imunização Provita começou há três anos a atender algumas escolas com a vacina quadrivalente, que abrange um número maior de cepas que a trivalente, oferecida gratuitamente em postos de saúde ligados ao SUS. Agora, só cresce. “Hoje, atendemos cidades de todo o país e o segmento escolar é com certeza nosso carro chefe”, diz Marcelo Serpa, proprietário do laboratório.

 

O presidente do SIEESP (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, afirma que a entidade passou a recomendar e incentivar esse tipo de parceria entre colégios e laboratórios para vacinação. “Sobretudo para funcionários e o público do ensino infantil, na faixa de zero a cinco anos, que se vê em situação de maior vulnerabilidade”, afirma Ribeiro da Silva.

 

Segundo o infectologista Renato Kfouri, ainda não é possível ter uma avaliação precisa sobre a intensidade da atual temporada de gripe, dado que ainda estamos no início dela. A impressão de Kfouri, de todo modo, é que a atual temporada deverá ser pior que a de 2017 —quando houve um número pequeno de casos, óbitos e internações—, mas menos agressiva que a de 2009-2010, quando houve uma disparada de casos.



Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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