Apesar de registrar queda nos últimos dez anos, o hábito de fumar ainda abrange um em cada dez brasileiros que vivem nas capitais do país e dá sinais de novo avanço em algumas faixas etárias, como entre jovens de 18 a 24 anos.
Os dados, divulgados nesta quarta-feira (30), são da última edição da pesquisa Vigitel, levantamento anual do Ministério da Saúde e que visa identificar fatores de risco para doenças crônicas. Foram ouvidas 53.034 pessoas acima de 18 anos nas capitais.
Segundo o levantamento, em 2017, cerca de 10,1% da população adulta que mora nestes locais era fumante. Em 2006, quando a pesquisa passou a ser aplicada, esse índice era de 15,7% —queda de 36%. Essa redução, no entanto, tem ocorrido de forma mais devagar nos últimos três anos. Em 2016, por exemplo, o total de adultos fumantes era de 10,2%, índice praticamente semelhante ao atual.
Dados também apontam aumento no total de fumantes em algumas faixas etárias, caso de jovens de 18 a 24 anos, cujo percentual de adeptos ao cigarro cresceu de 7,4%, em 2016, para 8,5% no último ano. Com isso, o país volta a atingir o patamar que registrava há seis anos entre esse grupo.
Também houve aumento na faixa etária de 35 a 44 anos, onde 11,7% dos entrevistados declaram que mantêm o hábito de fumar. Em 2016, esse índice estava menor: 10%. A taxa de fumantes, aliás, ainda é maior entre homens do que entre mulheres. Também é mais alta entre adultos com menor escolaridade do que entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo.
Entre as capitais, Curitiba, São Paulo e Porto Alegre são aquelas com maior prevalência de fumantes —índices de 15,6% a 12,5%, respectivamente. Já a capital com menor índice de adeptos ao cigarro é Salvador, com 4,1%.
SEM TABACO
Os novos números foram divulgados em alusão do Dia Mundial sem Tabaco, celebrado nesta quarta-feira. O objetivo é chamar a atenção para os riscos e impactos à saúde ligados ao consumo de cigarro.
Em geral, o Ministério da Saúde atribui a redução no número de fumantes nos últimos anos à lei antifumo, que proibiu o consumo de cigarro em locais de uso coletivo parcialmente fechados e à política de preços mínimos para esses produtos. “Considerando que a experimentação de cigarro entre os jovens é alta e que cerca de 80% dos fumantes iniciam o hábito antes dos 18 anos, o preço é um inibidor”, informa a pasta, em nota.
Questionado sobre o aumento no consumo em algumas faixas etárias, como entre 18 a 24 anos, o Ministério da Saúde diz avaliar que os dados ainda não apontam variação significativa —para isso, seria preciso que a evolução ocorra acima do intervalo de confiança ou dentro de um período maior de análise, informa.
Em nota, porém, diz investir na prevenção do tabagismo em grupos vulneráveis, como crianças e adolescentes, por meio de ações educativas e programas como o Saúde na Escola.
Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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