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Com greve, hospitais privados dizem não garantir atendimento

29/05/2018

Uma carta assinada por 105 hospitais privados em todo o país informou não ser mais possível garantir o cuidado a pacientes a partir desta segunda-feira (28) se a paralisação deflagrada por caminhoneiros e empresários do setor continuar. A nota foi enviada pela Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP) no fim da tarde de domingo (27). A entidade orienta que pacientes procurem cada hospital para obter informações sobre o atendimento.

 

Instituições informam sobre a falta de medicamentos essenciais, como para o tratamento de quimioterapia e de diálise. De modo geral, todos os serviços dos hospitais - da limpeza ao tratamento - estão afetados. A carta dos hospitais privados é assinada por hospitais de referência, como o A.C.Camargo Cancer Center, especializado no tratamento de câncer em São Paulo, e os hospitais Sírio-Libanês e o Israelita Albert Einstein. Também assinaram o documento o Hospital Adventista de Manaus, o Hospital Copa D'Or (RJ), Hospital São Lucas (SE), Santa Casa de Misericórdia de Maceió, dentre outros.

 

Uma outra nota emitida por duas entidades em São Paulo nesta segunda-feira (28) informa que o problema de entregas de materiais continua, principalmente pela ausência de combustível -- já que parte das estradas no estado foram desbloqueadas. O informe foi emitido pelo SINDHOSP (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) e pela FEHOESP (Federação dos Hospitais do Estado de São Paulo). As entidades informam que muitos hospitais precisam resolver a entrega de oxigênio entre segunda e terça-feira. Segundo a nota, instituições em São Paulo estão criando comitês de emergência para lidar com um possível desabastecimento.

 

No SUS, o Ministério da Saúde informou que o atendimento nas unidades é de responsabilidade das secretarias municipais e estaduais. Quanto aos medicamentos e vacinas fornecidos pela pasta, o ministério informa que todos os pedidos foram entregues entre quarta (23) e quinta-feira (24) e que espera o fim da paralisação garanta a entrega nos próximos dias. Já os hospitais privados disseram que não há garantia de atendimento e exorta que autoridades e grevistas entendam a gravidade do problema.

 

Como motivação para o alerta, a associação também cita grande dificuldade de acesso dos médicos e demais funcionários dos hospitais para chegarem às instituições "o que dificulta, e por vezes impede o atendimento aos pacientes". "Também há escassez de alimentos para a dieta dos pacientes internados; ambulâncias paradas por conta da falta de combustível; escassez de rouparia limpa nas instituições, uma vez que grande parte dos hospitais terceiriza o serviço de lavanderia; e problemas no recolhimento do lixo hospitalar", continua a carta.


Na sexta-feira (25), diversas entidades já haviam alertado para o problema na saúde. Há o desabastecimento de farmácias, cirgurgias não emergenciais foram canceladas e há problemas para a realização de exames. Estoques de oxigênio estão no fim e ambulâncias estão paradas. A carta da entidade no fim da tarde de domingo (25) reforçou o já dito anteriormente, e avisou sobre medicamentos e estoques de sangue. "É extremamente preocupante o estoque de sangue nos bancos de sangue dos hospitais, uma vez que a escassez de transporte impede a doação", continuou.



Fonte: G1 | Portal da Enfermagem
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Comentários

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Por: Maria solange Machado

  1. Comentado em:

    Uai , mais os hospitais privados não trabalham com provisões ou será que estão sempre a espreita para desabar suas demandas para os hospitais públicos de alta complexidade ? Porque é isso que acontece os hospitais privados em vez de ampliar a capacidade de suas Redes preferiram contratar serviços procedimentos do SUS - público estatal sobrecarregando o sistema e onerando os leito ...