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Criado por brasileiro, novo método que mede pressão cerebral chega a hospitais

14/05/2018

Uma tecnologia médica que nasceu da insatisfação de um cientista brasileiro com seu próprio tratamento está começando a chegar aos hospitais. O sistema, apelidado de Braincare, é o primeiro método não invasivo para mensurar a pressão no interior do crânio, com potenciais aplicações numa série de problemas que afetam os sistemas nervoso e cardiovascular.


"Nosso objetivo é simples: fazer com que essas medições passem a ser consideradas um novo sinal vital, assim como tradicionalmente os médicos avaliam os batimentos cardíacos ou a pressão arterial", diz o engenheiro de produção Plínio Targa, que chefia a empresa criada para tentar levar o projeto ao mercado, também batizada de Braincare.


A empresa acaba de anunciar um acordo com o Hospital Sírio-Libanês para que sua tecnologia de medição da PIC (pressão intracraniana) seja aplicada a pacientes tanto atendidos pela própria instituição quanto pelas unidades de saúde pública administradas por ela. "Queremos entender muito rapidamente como poderemos aplicar essa solução para um número cada vez maior de diagnósticos e tratamentos", diz o médico Paulo Chapchap, diretor-geral do Sírio-Libanês.


Até pouco tempo atrás, prevalecia entre a comunidade médica a ideia de que o crânio dos seres humanos adultos tinha tal rigidez que seria impossível medir variações da pressão dentro dele com instrumentos do lado de fora. Por isso, quando uma aferição da PIC se faz necessária, a praxe ainda é abrir um pequeno furo no crânio e colocar um sensor lá dentro.


O físico Sérgio Mascarenhas, 90, pesquisador da USP de São Carlos desde os anos 1950, teve de passar por um procedimento desse tipo em 2006, quando foi diagnosticado com hidrocefalia (acúmulo de líquido no cérebro). Nesse tipo de problema, é necessário implantar válvulas que drenam o líquido em excesso e, para checar se elas estão funcionando direito, usa-se o sensor interno de PIC. Inconformado com a necessidade de furar o crânio apenas com esse propósito, Mascarenhas pôs-se a estudar a questão com a ajuda de uma série de orientandos.


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PASSO A PASSO DO MÉTODO


A PIC (pressão intracraniana) é a pressão no interior dos ossos do crânio, incluindo também o cérebro e o fluido cérebro-espinhal. Até pouco tempo atrás, acreditava-se que só era possível medir a PIC de forma invasiva, colocando um sensor dentro do crânio


1) O novo sensor consegue medir o movimento de expansão da caixa craniana e gerar uma curva da PIC ao longo do tempo;


2) O sensor, conectado à internet, envia a informação para a nuvem;


3) É possível integrar os dados num monitor com outros sinais vitais (batimentos cardíacos etc.);


4) Detecção precoce de problemas neurológicos, hidrocefalia, AVC, meningite e outros problemas de saúde.



Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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