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Benefícios da corrida vão além da perda de peso, orienta médico do esporte

10/04/2018

Cada vez mais as corridas de rua têm se tornado a atividade física preferida das pessoas. Pois, além de ser uma individual, pode ser realizada em lugares diferentes. Com tantos benefícios os corredores procuram não só condicionamento físico, fortalecimento muscular, mas a melhoria na saúde com a melhora do sono, controle do colesterol, peso e outros benefícios. Contudo, há o outro lado, que são os problemas que podem ser causados caso a pessoa não esteja preparada para correr, podendo desenvolver lesões e até mesmo agravar doenças cardíacas pré-existentes.

 

O Dr. Eduardo Bernardo, médico do esporte do Ifor, hospital especializado em ortopedia da Rede D'Or São Luiz, explica que para se dedicar ao esporte de forma segura, é preciso procurar um profissional para uma avaliação médica que dirá se você está apto ou não a começar a correr. “Muitos pacientes enxergam a corrida como uma porta de entrada para outras atividades físicas, mas quase sempre estão despreparados para isso, o que pode causar lesões associadas à falta de musculatura, de alongamento, obesidade, por exemplo”, observa. 

 

Os corredores iniciantes muitas vezes descobrem lesões prévias, como desgastes de cartilagens, que começam a doer ao começarem a praticar a corrida. A maioria são lesões musculares, em tendões, tendinites e dores articulares.

 

Eduardo orienta que é importante que o iniciante não saia praticando atividade física sem consulta prévia com especialistas, pois ele precisa adequar musculatura. No caso do paciente obeso, por exemplo, a atividade recomendada não contém impacto para, inicialmente reduzir o peso. A intensidade e a frequência do treino também são muito importantes.

 

“Para se capacitar e perder peso, inicialmente indicamos exercícios aeróbicos sem impacto, como natação e bicicleta, por exemplo. Além disso, recomendamos também exercícios para ganho de forca muscular, quadríceps, quadril, adutores e abdutores, entre outros”, explica. Cerca de 80% dos corredores tem algum tipo de lesão durante um ano, seja distensão muscular, dor articular, o que mostra a importância de uma consulta previa e um acompanhamento médico.

 

Além disso, costuma-se recomendar também, o acompanhamento de um educador físico para o início das atividades.  “A gente tem a sensação de que não precisa de técnica para correr, mas existe técnica para corrida, para coluna, pés e pernas. São detalhes que se você corrigir acaba sobrecarregando menos as articulações”, finaliza.

 

Para os atletas

 

Agora, pensando nos pacientes que já estão mais habituados a prática de corrida, considerando os atletas que já sabem a técnica da corrida, possuem uma musculatura preparada e não são obesos. Geralmente, as lesões nesse grupo de pacientes são prévias, como desgaste de cartilagem no joelho, ou então são muito relacionadas à alterações de intensidade ou frequência de treino.

 

“Ao surgir uma corrida com uma distância diferente de costume pode causar aumento exagerado da frequência da intensidade do treino e acabar se lesionando. Por exemplo, um corpo que está preparado para correr 10km, não consegue correr mais do que 30km, causando sobrecarga nos treinos”, explica. Ao identificar os tipos de lesões desses atletas, muda-se a intensidade, a carga e o tempo de treino desses atletas, a fim de fortalecer e os preparar novamente para os desafios.

 

O Dr. Eduardo explica que o as alterações precisam ser gradativas. “Preconizamos para o paciente que quer aumentar sua performance, geralmente um aumento de 10% a cada semana a distância percorrida para evitar as lesões”, observa.



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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