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Cientistas bloqueiam acesso de vírus da zika a células humanas

13/12/2017

Cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiram bloquear o acesso do vírus da zika a células humanas em experimento em laboratório. O estudo foi publicado nesta terça-feira (12) na "Cell Reports". Pesquisadores desenvolveram uma substância que impediu que o vírus tenha acesso a proteínas de células humanas. É por meio dessas proteínas que eles invadem nosso organismo e se replicam.


Ao testarem os efeitos da substância em células infectadas por zika, cientistas observaram uma redução de 99% nos efeitos da infecção. Depois, quando testaram o tratamento 24 horas após o registro da infecção inicial, a eficácia do composto diminuiu, mas ainda se manteve alta, em torno de 80%. Apesar de ter sido usado para conter o zika, cientistas acreditam que o bloqueio poderá ser usado em toda a família dos flavivírus - como são cientificamente chamados os vírus da dengue, zika, febre amarela e do Nilo - transmitidos por mosquitos como Aedes aegypti, Haemagogus eSabethes.


Como funciona o bloqueio


Os vírus conseguem se reproduzir no corpo humano se utilizando de uma estrutura das células envolvida no metabolismo. Conhecida como complexo de OST (sigla para “oligosacchararytrasnferease”), a estrutura adiciona moléculas de açúcar a proteínas.


Para testar se a ausência de OST impedia que a doença se instaurasse, cientistas primeiramente modificaram geneticamente uma célula para que ela não apresentasse a OST. Depois do procedimento, eles comprovaram que os flavívirus não conseguiram infectar as células humanas pela ausência da estrutura.


O segundo passo foi desenvolver uma droga capaz de simular o bloqueio da OST -- já que, como ela é importante no metabolismo, não é possível bloqueá-la totalmente. Cientistas, então, encontraram uma droga, chamada de “NGI-1”, que tem uma ação parcial sobre a OST quando usada em baixas concentrações. Em testes, eles descobriram que, mesmo uma ação parcial, já conseguia bloquear o acesso de vírus ao organismo. Pesquisadores acreditam que droga poderá ser usada para impedir a infecção pelo zika e outros vírus sem prejudicar o funcionamento normal das células.



Fonte: Bem Estar | Portal da Enfermagem
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