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Crises convulsivas em crianças com síndrome congênita do zika ví­rus podem ser evitadas

05/09/2017

Comum na síndrome congênita do zika vírus, as convulsões ou crises convulsivas, possuem tratamento medicamentoso baseado em antiepilépticos (FAE). Para melhorar a qualidade de vida dos bebês e crianças com essa síndrome, o Levetiracetam (Keppra), da biofarmacêutica UCB,  foi incorporado no início do mês ao Sistema Público de Saúde (SUS) de Pernambuco, primeiro estado do país a adotar tal medida.

 

Em função da grande incidência de recém-nascidos com a síndrome desde 2015, por causa de infecção pelo zika vírus, a disponibilização deste  tratamento garante que os pacientes tenham uma melhor qualidade de vida e convívio com sua condição. Levetiracetam é um antiepiléptico (FAE) indicado para o tratamento de diversos tipos de crises, incluindo as generalizadas e as focais. A iniciativa do estado de Pernambuco é uma referência e pode ser um exemplo a ser adotado em outros estados do país, beneficiando mais pacientes. 


As convulsões são um tipo de crise epiléptica, caracterizada por  contrações  involuntárias e repetidas de grupos musculares, que ocorrem devido ao aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, os neurônios. Entre as causas estão: febre alta, hipoglicemia, trauma craniano, intoxicação ou abstinência de drogas e infecções, como, por exemplo, a infecção pelo zika vírus.


Caso as convulsões não sejam tratadas, podem ocorrer perda temporária de consciência, aumento da salivação, ranger de dentes e liberação de esfíncteres, com perda de urina ou fezes durante as crises. A escolha do tipo mais adequado de FAE depende de fatores como o tipo de crise e segurança para a faixa etária. Na síndrome congênita pelo zika vírus podem ocorrer vários tipos de crises epilépticas: espasmos, crises generalizadas e focais. Por isso, é importante ter uma gama de FAEs disponíveis para tratar esta população.


Síndrome congênita e a microcefalia


Com a epidemia de zika vírus que acometeu a população brasileira em 2015, houve aumento de casos de microcefalia (diminuição do tamanho normal da cabeça para a idade e o sexo), o que fez com que a OMS reconhecesse a relação entre o vírus e a má formação congênita que ocorre durante a gestação. Além da microcefalia, especialistas notaram que o vírus é também a causa para outros problemas, que não necessariamente aparecem juntos em todos os casos. O conjunto de sinais e sintomas decorrentes da infecção congênita pelo zika vírus passou a ser chamado de “síndrome congênita do zika vírus”, podendo ocorrer em crianças que foram infectadas durante a gestação.

 

A síndrome pode ser identificada por meio de cinco características: microcefalia grave, tecido cerebral reduzido com padrão específico de danos ao cérebro, danos à parte posterior do olho, contraturas congênitas (como pé torto) e hipertonia (limitação dos movimentos corporais)1. Essas características podem provocar sequelas neurológicas, como problemas de visão e audição, deficiências de desenvolvimento e epilepsia, com ocorrência de crises convulsivas. Até o momento não existe uma vacina que impeça a infecção, apenas medidas de prevenção que possam afastar o mosquito transmissor, além dos medicamentos para melhorar a qualidade de vida, entre eles, o Levetiracetam. 

 

1 - CDC-Centers for Disease Control and Prevention. Síndrome congênita de zika e outros defeitos congênitos. 2017. https://portugues.cdc.gov/zika/hc-providers/infants-children/zika-syndrome-birth-defects.html.



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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