Doação de sangue, de plaquetas, de medula e até de alguns órgãos. Todos esses processos estão disponíveis para auxiliar o próximo, mas o que poucos sabem é a possibilidade de ir além, também com a doação de corpos.
A prática ainda não é tão conhecida no Brasil quanto em países como EUA, Portugal e Inglaterra, onde boa parte dos corpos destinados para ensino e pesquisa nas áreas médica e de saúde são provenientes de doações realizadas em vida.
“O número de doadores aqui no Brasil vem crescendo a cada ano, resultado de programas de esclarecimento e de popularização do tema, promovidos por instituições de ensino superior e de pesquisa e também pela Sociedade Brasileira de Anatomia. Ainda assim, o número de doadores é bastante modesto e insuficiente frente às necessidades das escolas médicas e da área de saúde”, afirma a professora doutora Mirna Duarte Barros, chefe do Departamento de Morfologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).
Os corpos doados são destinados a instituições de ensino superior, especialmente para as disciplinas de Anatomia Humana dos cursos da área de saúde, como Medicina, Enfermagem, Fonoaudiologia, Odontologia, entre outros. Também são destinados a pesquisas nas áreas de anatomia, anatomia clínica e cirúrgica.
“Grande parte do conhecimento adquirido pelo aluno de Medicina, se faz nos laboratórios de anatomia, dissecando ou estudando em espécimes previamente preparados”, afirma a Dra. Mirna.
Segundo ela, para ser um doador de corpo é preciso procurar uma instituição – faculdade e/ou hospital universitário – e assinar um documento confirmando a vontade da doação após a morte. Para isso, é preciso que a pessoa tenha mais de 21 anos e esteja apta a manifestar seu desejo.
Além disso, recomenda-se que que os familiares estejam cientes da decisão do doador e tenham uma cópia do documento. “Após o falecimento, o velório pode ser realizado normalmente. O que muda é que ao invés de se encaminhar para um cemitério ou crematório, o corpo vai para a instituição de ensino superior escolhida pelo doador”, explica.
De acordo com a Dra. Mirna, há todo um processo e respeito à legislação, que deve ser cumprida pela instituição, para justificar o fim que o corpo terá (ensino e/ou pesquisa).
A professora faz questão de ressaltar que a identidade do doador é sempre preservada e nenhum estudo é realizado sem que tenha tido a aprovação do doador.
Para mais informações sobre o processo para ser doador de corpos para ensino e/ou pesquisa pelos alunos da FCMSCSP, acesse o link:https://blog.fcmsantacasasp.edu.br/tag/doacao-de-corpos
Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
Os artigos, notícias de fontes externas, assim como as imagens, publicados no Portal da Enfermagem são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião, postura ou atitude do Portal da Enfermagem.
Além disso, possuímos uma lista prévia de veículos nacionais (jornais, revistas e sites) que costumamos replicar o conteúdo em nosso portal, sempre citando a fonte.
Comentários
Nenhum comentário enviado, seja o primeiro. Participe!