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Comadre de papel reciclado começa a ser testada em hospitais do país

19/05/2017

Não se espante se chegar a um hospital e se deparar com comadres e papagaios feitos de papel reciclado. Um sistema de coletores biodegradáveis de urina e fezes está sendo apresentado na Feira Hospitalar, em São Paulo, e testado em hospitais do país.

 

Depois de usado, o material é descartado em uma máquina que o tritura –junto com os detritos– e faz o tratamento de limpeza antes de tudo ser jogado no esgoto.

 

Utilizado em 50 países do mundo, inclusive no Reino Unido, onde é usado em 94% dos hospitais, o sistema tem reduzido o risco de infecções por meio de bactérias que resistem aos processos de desinfecção de coletores de plástico ou aço, que precisam ser lavados após o uso.

 

Segundo Ricardo Mistrone, diretor da Zarek, distribuidora do produto no Brasil, os coletores são produzidos com jornais limpos e reciclados.

 

Mas por que apenas agora o Brasil está testando esses coletores? Para Mistrone, a razão está no fato de o país só ter demonstrado mais consciência de preservação ambiental nos últimos anos.

 

Segundo estudos da fabricante, o sistema utiliza 96,5% menos energia e 60% menos água que os outros coletores. No processo tradicional, é preciso despejar a urina e as fezes no vaso sanitário, acionar a descarga e lavar os recipientes de plástico ou aço.

 

Já os coletores utilizam muito menos água e energia para transformar os resíduos em uma solução que pode ser destinada ao esgoto comum." Um dos hospitais que testou o sistema foi a Santa Casa de Porto Alegre. Segundo a enfermeira Marcia Arsejo, da área de controle de infecção hospitalar, os coletores são um "sonho de consumo".

 

"Os pacientes acharam que eles são mais confortáveis e, por serem de papelão, não são gelados como os coletores de aço. O pessoal da enfermagem gostou porque é descartável, o que é mais prático e seguro", conta.

 

Uma preocupação inicial do hospital era que o material, depois de triturado, entupisse a tubulação do local, o que não aconteceu. Agora o setor de compras avalia a relação custo e benefício do sistema para saber se vale a pena implantá-lo.

 

No Reino Unido, o custo operacional (que envolve os coletores, a máquina, água, luz entre outros) do sistema é de 2.107 libras (R$ 9.190) por ala com 25 leitos. O sistema tradicional custa 3.459 libras (R$ 15.088). O preço ainda não está fechado para o Brasil. 

 



Fonte: Folha de S. Paulo | Portal da Enfermagem
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