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Maio Roxo: mês de conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais

12/05/2017

Durante o mês de maio, a SOBEST - Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências apoia a campanha “Maio Roxo”, divulgada em diferentes países, assim como o Outubro Rosa e o Novembro Azul. 

 

O objetivo é alertar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais, que incluem a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, e chamar a atenção da sociedade promovendo maior conscientização e melhoria na qualidade de vida dos pacientes que as possuem. O ápice da campanha ocorre no dia 19 de maio, quando é lembrado o “Dia Mundial da Doença Inflamatória Intestinal” (World IBD Day).

 

A estimativa dos organizadores do Maio Roxo é que, em todo o mundo, 5 milhões de pessoas vivam com a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. A idade de início destas doenças está entre os 15 e os 30 anos, tendo um segundo pico entre os 60 e os 80 anos.

 

Ambas não possuem cura, e são doenças que afetam diretamente o sistema digestório, fazendo com que o tecido intestinal se torne inflamado, resultando em lesões e sangramentos frequentes. Entre os sintomas principais estão diarréia, sangue nas fezes, anemia, náuseas, dor abdominal e perda de peso. A doença de Crohn pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestório (da boca ao ânus), sendo mais comum no final do intestino delgado e do grosso.

 

A retocolite ulcerativa caracteriza-se por inflamação da mucosa do intestino grosso, com acometimento também do reto, e não há lesões no intestino delgado, o que constitui característica que muitas vezes a diferencia da doença de Crohn.

 

O diagnóstico da doença de Crohn e da retocolite ulcerativa é feito principalmente pela colonoscopia com biópsias. O manejo destas doenças inflamatórias depende da gravidade, da extensão e do local envolvido, incluindo dieta individualizada e tratamento medicamentoso. Quando a doença não consegue ser controlada por meio de tratamento clínico ou apresenta determinadas complicações agudas ou crônicas, especialmente neoplasia, mesmo muito precoce, opta-se pela cirurgia.

 

A inflamação pode vir a se tornar muito grave, com hemorragias maciças e perfuração intestinal, necessitando também de cirurgias de urgência. Estas cirurgias muitas vezes resultam na confecção de estomias (ileostomias ou colostomias), que são aberturas do intestino na pele do abdome para permitir a saída de fezes.

 

Quando a estomia é realizada, o paciente necessitará utilizar um equipamento coletor, conhecido como bolsa coletora, por um período ou definitivamente. Estas estomias podem ser temporárias ou definitivas, e, em qualquer dos casos, recomenda-se o acompanhamento do paciente por um enfermeiro estomaterapeuta, pois ele é o profissional especializado no cuidado das estomias.

 

Apesar de não possuirem cura, a realização de um diagnóstico precoce e de um tratamento adequado permitem o controle das doenças inflamatórias intestinais, reduzem a incidência de complicações e proporcionam uma melhor qualidade de vida aos pacientes.


Fernanda Mateus Queiroz Schmidt – integrante do Conselho Científico da Sobest – Associação Brasileira de Estomaterapia: estomias, feridas e incontinências



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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