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Carnaval coloca olhos em risco

21/02/2017

Aglomerações, maquiagem, espuma de carnaval, serpentina em spray e bebida alcoólica falsificada  são os grandes vilões. Saiba como se proteger

 

Os olhos sofrem no carnaval. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier, os prontuários do hospital mostram que os atendimentos de emergência atingem o pico no período da festa.  

 

Os problemas oculares que levam os foliões ao serviço de emergência são:  conjuntivite (inflamação da conjuntiva), ceratite (inflamação da córnea) e neurite óptica.

 

Perigo das aglomerações e maquiagem

 

O oftalmologista afirma que a conjuntivite viral e bacteriana comuns no verão atingem o pico  no carnaval pelo maior contato físico das pessoas nos desfiles de rua ou salões e pelo compartilhamento de maquiagem. "Maquiagem é igual escova de dente". Cada mulher deve ter a sua. A flora bacteriana é diferente entre as pessoas. Por isso o compartilhamento de maquiagem para a área dos olhos causa contaminação.

 

Queiroz Neto destaca que maquiagem vencida, produtos com glitter ou purpurina e o contato das pálpebras com a cola dos cílios postiços são importantes veículos de conjuntivite alérgica.

 

O uso de cosméticos por crianças, alerta,  pode desencadear alergia crônica, ou seja, uma intolerância perene. Isso porque, explica, na infância os olhos e o sistema imunológico estão em desenvolvimento. Por isso, só recomenda o uso de maquiagem após os 12 anos de idade.

 

Os sintomas comuns aos três tipos de conjuntivite elencados pelo especialista são: coceira, lacrimejamento, sensibilidade à luz, pálpebras inchadas e olhos vermelhos. A diferença, explica, é que na viral os olhos apresentam um secreção viscosa, na bacteriana a secreção é purulenta e na alérgica a secreção é aquosa, além da coceira ser mais intensa.

 

Prevenção

 

As dicas do médico para prevenir a conjuntivite viral, bacteriana e alérgica são:


  • Lavar as mãos com frequência
  • Evitar coçar os olhos.
  • Não compartilhar maquiagem colírio, toalhas ou fronhas.
  • Retirar a maquiagem ou cílios postiços em caso de coceira, e lavar os olhos abundantemente com água.
  • Enxugar o suor ao redor dos olhos com lenço descartável para evitar a penetração de cosméticos.
  • Fazer compressa de água fria quando a secreção for transparente e morna quando for amarelada. Não desaparecendo o sintoma procurar o médico.


Espuma de carnaval e serpentina em spray afetam a córnea

 

Queiroz Neto afirma que o contato do olho com espuma de carnaval e serpentina em spray podem causar desde alergia até ceratite, uma inflamação na córnea. Dependendo da quantidade e  tempo de exposição a estes produtos a lesão pode evoluir para uma úlcera e queda permanente da visão.

 

Isso porque, contêm resinas que podem causar queimadura. A  dica do médico para evitar complicações é lavar com bastante água sem esfregar a superfície  e evitar o uso de água boricada que pode piorar a irritação. Não desaparecendo o desconforto e a sensação de visão embaçada é necessário consultar um oftalmologista imediatamente.

 

Bebida falsificada

 

Queiroz Neto alerta que o consumo de bebida alcoólica falsificada tende a crescer no carnaval e pode causar neurite óptica, uma inflamação do nervo óptico que e leva à perda permanente da visão. A doença é provocada pela maior quantidade de metanol nas bebidas clandestinas do que o permitido pela legislação.

 

Apesar da maior refinaria clandestina já descoberta no  do país com capacidade de produzir de 1,2 mil a 1,5 mil litros de bebida/dia ter sido desmantelada no final do ano passado fica a dica. - Antes de consumir qualquer destilado é importante checar o registro do Ministério da Agricultura. Enxergar no pós-carnaval não tem preço.



Fonte: divulgação | Portal da Enfermagem
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