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A partir de amanhã, Ministério da Saúde mobiliza todo o país contra a pólio

19/06/2009

O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, realiza, no dia 20 de junho, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite. A segunda etapa ocorrerá no dia 22 de agosto. Este ano, nossa meta é imunizar cerca de 14,7 milhões de crianças, o que representa 95% das crianças menores de cinco anos 

Com o slogan “Não dá pra vacilar. Tem que vacinar.”, a campanha recebeu investimentos do MS na ordem de R$ 46 milhões, sendo R$ 21,8 milhões com a aquisição dos imunobiológicos, e R$ 13,2 milhões, com transferência fundo-a-fundo para as Secretarias Estaduais de Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde, e R$ 11 milhões para ações de comunicação e publicidade para as duas fases. Ao todo, 115 mil postos de vacinação participarão da mobilização, com o envolvimento de cerca de 350 mil pessoas e a utilização de cerca de 40 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais).  

O Brasil – assim como em toda a América Latina - já foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que não há circulação do vírus da poliomielite no nosso território. Essa vitória sobre o vírus ocorreu, sobretudo, pelas campanhas e dias de vacinação, realizados desde a década de 1980. “Atualmente, a importância da vacina é manter o país livre da circulação do vírus que ocasiona a doença. As gotinhas não têm contra-indicações. A aplicação não provoca dor e a vacina é a única prevenção”, explica a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Maria Arindelita Arruda.  

 

Sobre a doença 

A vacina contra a poliomielite é um serviço básico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível durante todo o ano nos postos de saúde, na vacinação de rotina. Além do esquema básico – as três doses de rotina – a criança de até cinco anos de idade tem de tomar todos os anos as duas doses da campanha. Até porque a paralisia é transmitida por três tipos de vírus. “As várias doses se justificam por isso. Se a criança não desenvolveu a imunidade com relação a um vírus, com as várias doses, ela tem oportunidade de se imunizar”, diz Arindelita.  

A poliomielite é uma infecção grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é contaminada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso. As conseqüências mais comuns ocorrem nos membros inferiores, mas o vírus também pode ocasionar uma lesão mais grave em um ou mais membros ou até mesmo levar à morte – por meio de uma tetraparalisia. A doença é causada e transmitida por um vírus que entra no organismo via oral.  

A pessoa infectada pode transmitir a doença pelas fezes que, em contato com o ambiente, atinge quem não foi devidamente imunizado. Como o vírus é muito leve, ele pode ser levado pelo ar, entrar em contato com o alimento, com os brinquedos, ou atingir a criança por via oral ou pela ingestão de água contaminada. Uma pessoa que teve a poliomielite, principalmente em um ambiente em que o saneamento básico é desfavorável, o vírus pode contaminar a água, o solo e o meio ambiente de forma geral.  

No mundo - Existe um movimento mundial de erradicação da pólio. Ela é endêmica (a transmissão da doença é constante) em quatro países: Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão. Outros 15 países têm registro de casos importados: Sudão, Uganda, Quênia, Benim, Angola, Togo, Burkina Faso, Niger, Mali, República Central da África, Chade, Costa do Marfim, Gana, Nepal e República Dominicana do Congo.  

“O Brasil tem um comércio com algumas dessas nações e, além disso, existe um fluxo migratório de pessoas de lá para cá. O fato de a pólio estar erradicada no Brasil, não é motivo para descanso. É importante se manter a vigilância e as crianças imunizadas. Se alguém trouxer o vírus de um desses países, as crianças não correrão risco de adquirir a doença”, explica a coordenadora.  

 

Datas importantes para a erradicação da poliomielite no Brasil:

1961: Realização das primeiras campanhas com a vacina oral contra poliomielite

 1971: Implantação do Plano Nacional de Controle da Poliomielite

 1977: Definição das vacinas obrigatórias aos menores de um ano em todo o território nacional e Aprovação do modelo da Caderneta de Vacinações válida em todo território nacional.

 1980: Início dos Dias Nacionais contra a paralisia infantil no Brasil

 1984: Introdução em alguns estados da estratégia de multivacinação por meio dos Dias Nacionais de Vacinação contra a poliomielite para as crianças de 0 a 4 anos de idade.

 1986: Criação do personagem-símbolo da erradicação da poliomielite, o Zé Gotinha.

 1987: Mudança na formulação da vacina oral contra a poliomielite, aumentado a concentração do poliovírus tipo 3;

 1989: Ocorrência do último caso de poliomielite no Brasil.

 1990: Criação na OPAS/OMS da Comissão Internacional para Certificação da Erradicação da Poliomielite nas Américas.

 1994: o Brasil recebe o Certificado Internacional de Erradicação da Transmissão Autóctone do Poliovírus Selvagem.



Fonte: Ministério da Saúde
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