Observamos que ocorre uma preocupação nas instituições de saúde voltada apenas para o tratamento de feridas. No Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas não foi diferente. O Serviço teve início na década de 90 com a criação do Grupo de Estudos de Feridas (GEFE) onde enfermeiros interessados no assunto junto com alguns médicos discutiam os produtos que estavam sendo lançados no mercado, o que era bem limitado, e a indicação para o tratamento. Foram elaborados protocolos, instrumentos para avaliação e acompanhamento da evolução das feridas.
Em 2006 o GEFE foi substituído pela Equipe Multiprofissional de Prevenção e Tratamento de Feridas – EMPTF, onde permanecia a preocupação apenas com as feridas. Os protocolos foram aprimorados, pois foi um seguimento que cresceu muito nos últimos anos. Alguns produtos foram padronizados e adquiridos pela instituição para pronto uso. Nessa época havia uma enfermeira com dedicação exclusiva que era a primeira especialista na instituição.
Pensando na Estomaterapia, desde que assumi a Diretoria do Departamento de Enfermagem, e também estando mais próxima da Diretoria da SOBEST, solicitei ao Superintendente do hospital, que em 2015, através de Portaria Interna, substituiu o EMPTF pelo Núcleo de Estomaterapia: feridas, estomias e incontinência, com a atuação de dois enfermeiros especialistas, com dedicação exclusiva.
A partir daí, no HC houve mais respeito e visibilidade para a especialização, e também para os profissionais. Hoje temos 24 enfermeiros especialistas, distribuídos nas mais diversas áreas de internação e terapia intensiva para pacientes adulto e pediátrico. O que garante uma assistência com qualidade e segurança.
Para mudar a realidade e expandir as áreas de atuação e intervenção do especialista é importante que os gerentes se interessem e verifiquem na prática, através dos indicadores da assistência, o benefício que traz para a instituição e principalmente para os pacientes.
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